Falamos anteriormente aqui no blog sobre Sound Branding e Music Branding. Agora vamos falar sobre o sound design e como o desenho do som cria experiências sonoras, conta histórias e provoca emoções no cinema, nos games, no Metaverso, em outros ambientes virtuais ou até na gestão das marcas. Mas, primeiro, precisamos entender o que é sound design.

O que é Sound Design?

O sound design (ou desenho de som) é a criação de efeitos sonoros que juntos compõem a cena sonora. Os sons podem ser produzidos, adquiridos de bancos pré-existentes ou captados dos ambientes em que vivemos e depois serem aplicados nos diferentes meios para dar vida às imagens, por exemplo.

Quando a sétima arte surgiu, não havia o recurso do áudio disponível. Os equipamentos eram capazes de captar somente imagens. Por isso, em cada sala de cinema havia um pianista, uma banda e às vezes até uma orquestra para ambientar o filme.

Projetor antigo

Ainda bem que evoluímos e, hoje, podemos fazer mágicas sonoras que afetam o público e tornam toda a produção muito mais rica e impactante. Lembram do cinema ainda mudo? Imaginem um artista do som hoje olhando as imagens e sonorizando tudo que acontece em cada cena. É assim que acontece. Hoje chamamos os vídeos e filmes de produção audiovisual, porque o áudio entrega 50% da obra.

Mas a primeira “aparição” do sound design veio no século 20, com o lançamento do primeiro filme falado no cinema, “O cantor de jazz”, de Alan Crosland (1927). Ele só seria batizado assim, entretanto, mais de meio século depois, quando o montador Walter Murch cunhou o termo nos créditos de “Apocalipse Now” (1979).

De lá pra cá, o sound design se transformou em infinitas possibilidades, foi impulsionado por uma série de avanços tecnológicos e aplicado em diferentes mídias, mas sua função permanece a mesma até hoje: provocar emoções e criar narrativas através da experiência sonora.

No cinema, por exemplo, ele é um recurso fundamental, mixado para as salas de cinema em 5.1. Isso significa que cinco sons diferentes e simultâneos podem estar posicionados em alto-falantes espalhados pela sala e dar ao espectador a sensação de estar dentro da história.

Ele pode indicar certas ações como o som de um sabre de luz ligando em Star Wars, as barbatanas d’A Pequena Sereia fazendo bolhas no fundo do mar ou o ranger de um assoalho anunciando a chegada de um visitante, como na maior parte dos filmes de terror e suspense.

O sound design também pode sinalizar funcionalidades em apps e máquinas, veículos elétricos, aviões e trens. Os sons estão por toda parte e integram a paisagem sonora (soundscape) dos lugares, nos ajudando a navegar os ambientes virtuais e reais. O som da chuva, dos pássaros, da natureza, aqueles que nós mesmos produzimos são exemplos do sound design cotidiano, por exemplo.

Carro acelerando

Sound Design na publicidade

Hoje, o Sound Design é parte imprescindível do cinema, dos games (quando um personagem pula, mergulha ou morre, por exemplo), no mundo virtual (com a ajuda de inteligência artificial) e também na publicidade. No marketing, o desenho de som guia a experiência sonora do usuário (Sound UX) pelos pontos de contato físicos ou digitais com determinada marca, loja ou empresa.

No MetrôRio, por exemplo, as plataformas de embarque são ambientadas por sons de pássaros, pelo toque do trem que se aproxima, pelo som e voz das portas se abrindo, mensagens educativas e de atenção. Nossa criação foi pensada para caracterizar o metrô do Rio com os elementos presentes no jeito do povo e na paisagem sonora da cidade.

Assim, tornamos um ambiente que à primeira vista é frio, impessoal e mecânico, num ambiente caloroso, aproximando o cliente do espaço, do serviço e, consequentemente, da marca.

O sound design nos oferece infindas possibilidades e ainda há muito a ser explorado. Ficou interessada ou interessado nesse tema? Quer saber mais sobre como essa ferramenta pode ser usada? Então manda uma mensagem pra gente.

Modo Criativo: Como manter a chama da criação acesa?