Na natureza, nos fones de ouvido, nas cidades, dentro de casa, em todos os meios que transitamos, o som predomina e influencia a forma como percebemos tudo, coisas, pessoas e lugares. É graças à sua capacidade de desempenhar um papel tão importante na nossa percepção que ele também é uma ferramenta poderosa para o Sound Branding, Music Branding e Sound UX, capaz de criar conexões entre a marca ou negócio com seus públicos e até promover a saúde mental através do mindfulness.

O que é o “mindfulness” - e por que ele é importante?

O conceito de mindfulness se refere a uma série de técnicas de meditação que ajudam a pessoa a estar totalmente focada no momento presente, sem julgamentos, preocupações ou distrações. É a “atenção plena”, que tem sido alcançada cada vez mais com a ajuda da música. Porém, há outras formas de “meditação” que eu poderia chamar de “ativação”, onde a música pode ser uma guia e nos apontar na direção que desejarmos para manifestarmos o que quisermos.

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A causa disso está na forma como o cérebro processa a informação. Enquanto os estímulos visuais são absorvidos pelo lobo occipital, os sons chegam ao lobo temporal, uma região responsável por uma série de funções cognitivas, como a audição, a linguagem, a memória e… a emoção.

Como já mostramos algumas vezes aqui no site, o som tem impacto direto e imediato no nosso estado emocional e pode despertar memórias e reações imediatas e profundas. Não à toa, as marcas têm explorado esse instrumento de conexão com as pessoas. Negócios, empresas e artistas estão buscando afetar de maneira positiva os públicos, usando a música para promover foco mental, criando um oásis no meio de tantos estímulos e ruídos perturbadores ao redor e impulsionando o mindfulness.

Pesquisas recentes têm provado que o uso da música como ferramenta auxiliar das terapias tradicionais é capaz de causar efeitos restauradores em pessoas com depressão e ansiedade. Esses benefícios podem surgir de formas diferentes para cada indivíduo, manifestando-se quando a pessoa está tocando algum instrumento, cantarolando ou simplesmente ouvindo alguma música que gosta.

Há também evidências suficientes para afirmar que a música é capaz de estimular a produção de “dopamina”, o hormônio responsável pela sensação de prazer no nosso corpo. Um novo estudo apontou ainda que ouvir música enquanto se dá uma pausa no trabalho pode reduzir o nível de cortisol no sangue, a frequência cardíaca e, consequentemente, o stress.

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Marcas, música e mindfulness: como elas podem se ajudar?

Esse poder do som de evocar uma sensação específica nos diferentes públicos é a base do Sound Branding. Marcas com uma identidade sonora bem definida conseguem criar a associação que desejarem nas memórias afetivas das pessoas. A nostalgia de um jingle que soa familiar pode inspirar lealdade à marca, enquanto um Music Branding baseado em trilhas animadas e batidas aceleradas também consegue transmitir a excitação necessária para uma marca esportiva.

Entretanto, aplicar em uma marca ou negócio a tranquilidade e o foco associados ao conceito do mindfulness pode ser desafiador – porém possível. Consultórios, terminais de embarque e desembarque, lojas, escritórios, bancos e shopping malls, por exemplo, podem explorar paletas musicais e sonoras e usufruir dos benefícios do som no intuito de tornar o público mais consciente e relaxado.

Um estudo publicado no Journal of Consumer Research concluiu que as pessoas associam sons de alta frequência a objetos maiores e brilhantes, enquanto os de baixa frequência evocavam a ideia de objetos menores e mais escuros. Essa correlação auditiva-visual pode ser explorada tanto nas peças publicitárias tradicionais, no design de produto ou nos espaços de venda físicos e virtuais.

A nossa saúde mental, capacidade de foco e atenção têm apresentado mais desafios do que antes, principalmente no contexto mundial pós-pandêmico. Apesar da associação entre mindfulness e Sound Branding ainda ser um território relativamente novo, ele é fértil e se encontra em plena expansão.

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Desde então, alguns artistas como Diplo, Arcade Fire e Erykah Badu, já investiram em projetos focados exclusivamente em sons desenhados para incentivar a meditação e o relaxamento. A BBC também criou nos últimos anos uma estação inteira dedicada a esse tipo de música.

A tendência já se mostrou promissora e é apenas uma questão de tempo até se popularizar, e ser utilizada em larga escala no contexto do Sound Branding das marcas. Quer saber como? Entra em contato com a gente por aqui que te contamos.

Como a assinatura sonora ajuda a fortalecer o Branding da marca?